quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

SUAVEMENTA

Num descanso de um refrescar de riso
De uma paz tão suavemente, menta!
Tu me vens de repente e sem aviso
Vem voraz, tira a paz, desorienta

E de quebra, quebra a paz do paraíso.
Tu que tens esse fogo que me esquenta!
Vens queimando, me levanta e eu me exorcizo
E me invade e me arde-me pimenta

Que meu gozo não sustenta, não demora!
Uma lágrima do desejo logo chora
Tens a prova do pecado da maçã

Tu me vens tão contente e me devora
Tu me esquentas na friagem da manhã
Me apimentas qu'eu fico um riso hortelã.

Araripina/PE, 01.02.2013
Hélio Ferreira de Lima

domingo, 9 de fevereiro de 2014

POEMA DE JARDIM (EM TEMPOS DE GUERRA)

POEMA DE JARDIM (EM TEMPOS DE GUERRA)

Sabes o que faço contra as tuas fúrias?

Quando ensaias guerras e esquemas!
Quando realizas os teus estratagemas
Com os teus soldados e as tuas centúrias?

Sabes o que faço quando tu blasfemas?

Quando tu cometes estragos e injúrias
Com os teus sortilégios e as tuas lemúrias
Com tuas maldades e os teus teoremas?

Sabes o que faço com as tuas chaves?

Com teus nós das tuas cordas de agaves
Com as tuas mãos e as tuas algemas?

Sabes o que eu faço com a tua guerra?

Ah! Eu planto os males dela pela terra
Depois colho flores para meus poemas!

Petrolina/PE, 09/02/2014

Hélio Ferreira de Lima